Como vou viver sem feijão???

Talvez você tenha visto o título do post e não tenha entendido muito o que eu quis dizer, ou talvez você tenha se identificado na mesma hora com ele. Resolvi criar um mini post, mais em formato de mensagem para trazer uma reflexão a quem está a caminho de uma MUDANÇA. Pois é, mudar de país traz uma infinidade de adaptações que pode ser apenas comer menos feijão, por exemplo, ou viver num super frio que você nunca imaginou suportar. O importante nisso tudo é saber que temos uma super capacidade de adaptação e se permitir explorar o que de melhor tem em cada lugar que decidirmos morar, seja uma temporada ou pra vida toda.

“Então, mas como vou viver sem o meu amado feijão de todo dia?”

Na nossa querida Irlanda, não é necessário viver sem o nosso amado feijão, você encontra feijão para vender nos mercados ou, se você tem a sua marca favorita, talvez você a encontre em lojas brasileiras. Enfim, não se preocupe com isso. Mas a ideia aqui é você entender que quando você muda de país, muitos hábitos da sua vida serão alterados e se você se permitir, o feijão que você comia todos os dias, já não será tão importante. E talvez, aquele chá com leite que você achava muito esquisito, comece a fazer parte do seu dia a dia.

Converso com muitas pessoas aqui na Irlanda, principalmente mulheres, já que sou mãe e temos muitos grupos de mamães e o que ouço com muita frequencia é a dificuldade de adaptação, medo de mudanças e principalmente, o medo do diferente.

Decidi escrever para tentar mostrar que não será encontrado um Brasil dentro da Irlanda, apesar da enorme comunidade brasileira no país. Que a vida será diferente, podendo ela ser mais fácil ou mais difícil, dependendo do quanto você se abrir para o país, para a cultura que ele possui e para a MUDANÇA.

Importante é não ficar tentando comparar o tempo todo os dois países e pensando “ah, como isso era bom no Brasil”, ainda mais se você acabou de chegar. Quando recém chegados, temos uma mania de tentar encontrar resposta para tudo e mais que isso, buscamos outras pessoas para nos dizerem como as coisas funcionam. Será mesmo que a pessoa que você está questionando terá conhecimento e até discernimento para te passar experiências? Sempre que converso com pessoas que estão com medo do sistema de saúde ou do ensino por exemplo, eu digo para elas não se apegarem aos comentários negativos que ouvimos ou lemos por aí, cada um vive uma experiência e se você estiver disposto a viver diferente, muito provavelmente a saúde, o ensino, o transporte, o modo mais simples de viver, não será tão ruim assim.

Quem acompanha meu blog sabe que já passei por maternidade, hospitais, aluguel de imóvel e no fim, tudo deu certo. Não porque eu sou abençoada ou sortuda, mas sim, porque me deixei entrar nos moldes do país, sem ficar reclamando pra cima e pra baixo. Se permita viver antes de avaliar e dizer se algo é bom ou ruim.

Você escolheu viver na Irlanda, viva a Irlanda e deixe seu país para curtir suas férias. Claro, continue sendo o brasileiro gente fina que somos, mas respeite e viva também a cultura do país que escolheu viver. Não dá para achar que o país deve adaptar-se a você, não é?

Bom, esse é um recadinho para você que está de mudança para a Irlanda. Reflita sobre a sua capacidade de enfrentar um mundo novo. Se acha que não está preparado, vá com calma e vá se preparando. É muito triste ver amigas chateadas, tristes e até beirando depressão porque não esperavam tantas mudanças e não estavam preparadas. Se prepare porque a MUDANÇA é real! 🙂

Grande beijo e até a próxima!

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3 Replies to “Como vou viver sem feijão???”

  1. Sensacional!! Meus parabéns!!

    Estou de mudança para Dublin em Agosto (Se meu critical skills não atrasar) e achei sensacional o texto, enviei para minha esposa que também amou!!

  2. É isso! Vejo muita comparação e pouca entrega. Estou aqui ha um mês e estamos amando tudo justamente pq nos permitimos viver aqui e não a sombra de alguma coisa que já vivemos em outro lugar. Adorei o texto!

  3. Vanessa Pessoa says: Responder

    Estou ansiosa!! Chegarei em novembro, com minha filha e meu esposo! Frio na barriga, mas ler seus textos e experiências me tranquiliza…rs
    Obrigada, adorei o texto!

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